Sinopse 2009

“Do espetáculo do asfalto aos batuques no morro vou revivendo carnavais – Saudades”

“Tanto riso, oh! Quanta alegria...”

Fogos de artifício iluminam os céus anunciando o início de mais um carnaval. Vai começar o espetáculo... Artistas, turistas, finanças. O samba se transformou em um comércio e perdeu-se no meio da fogueira de vaidades onde o salário é que dá o tom da harmonia. O tão falado espetáculo virou algo monótono, repetitivo, com grandes escolas sendo “jogadas” nos grupos de acesso, e a minoria (doze escolas) é sufocada pelo chamado desfile técnico. E o povo? Esse perdeu seu lugar e passa o carnaval amontoado no mangue tentando enxergar pedaços de alegorias ao longe.Lançando um olhar para um passado não muito distante, nossa escola se lembra da espontaneidade de desfiles e sambas de enredo que entraram para a história. Época em que o sambista era “do samba” e suava a camisa por ter verdadeiro amor ao pavilhão da sua escola. Eram tempos em que cada agremiação tinha sua característica, sua identidade. O carnaval não gerava lucros, gerava alegrias.E entrando nesse túnel do tempo, recordamos os antigos carnavais. Vamos cantar esta saudade, reviver estes momentos e fazer desta nostalgia o nosso presente. A antiga banda que outrora tocava nos coretos da cidade, hoje estará de volta, vestindo sua tradicional beca. Palhaços vão invadir os salões, mais de mil deles, fantasiados, e empacotados em uma magia única chamada carnaval.Pierrôs, Arlequins e Colombinas lançam confetes pelas ruas, e nos conduzem nessa viagem em que o samba volta a sua origem. E seguindo os sons desse batuque que ecoa nos morros e ladeiras da Gamboa e do Largo do Estácio somos guiados até uma certa praça XI e, no modesto camarote de madeira, assistimos ao encontro dos bambas que novamente erguem sua voz em uma roda de samba e nos brindam com o verdadeiro espetáculo chamado Carnaval!

Jeff Rodrigues - Felipe Diniz